Para escrever "As Tarefas do Visconde" Rodrigo Castilho usou como base dois fragmentos do livro "Reinações de Narizinho" de forma a costurar as narrativas e construir um novo enredo para a história. Vejam melhor como foi a construção do episódio:
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Trecho do livro:
O velho sábio parece que tinha alguma paixão oculta pela boneca, pois se apressou a fazer uma mesura e a declarar, todo deslambido:
— Dona Emília manda, não pede.
— Pois então venha comigo.
E Emília, sem mais cerimônias, levou-o a certo lugar no campo, para lá da porteira, onde havia um velho tronco de pau caído à beira da estrada.
[...]
Rabicó fora chamar o médico. Meia hora depois chegava o célebre doutor Caramujo, afobadíssimo, de malinha debaixo do braço.
— Quem é o doente? — foi logo indagando.
— É o senhor Visconde de Sabugosa, que teve hoje um ataque. Venha vê-lo, doutor.
O médico dirigiu-se para a lata do Visconde, examinou-o e franziu a testa.
— Hum! O caso é dos mais graves. Tenho de operá-lo imediatamente.
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Comentários:
Embora pouco evidente no desenho, mas no livro sim: o Visconde não conseguia dizer não a nada que a Emília lhe mandasse fazer. Para criar a história do desenho, Rodrigo Castilho imaginou outra situação: Emília se incomoda com o fato de o Visconde não fazer as tarefas do Sítio e por isso ela resolve dar umas tarefinhas ao Sabugo. No livro, o Sabugo vira seu capacho, sempre fazendo suas vontades.
Essa frase é a mais importante aqui. Foi através dela que foi possível encontrar os fragmentos que deram origem ao episódio. A frase é usada no desenho duas vezes. Mas, no livro, Emília pede que o Visconde finja que é um pau falante. No desenho, ela pede uma série de tarefas para o sábio. Outro detalhe, no livro, ela mesma leva o Visconde até o lugar da tarefa. No desenho, ela apenas ordena o que ele deve fazer.
A parte da morte do Visconde já é aproveitada de outro fragmento muito distante da história que estava sendo contada. Aqui, no livro, o Visconde tem uma espécie de infarte de tanto ler álgebra. No desenho, ele morre de medo (ou devorado pela) da Vaca Mocha. Nos livros de Lobato, o Visconde morre constantemente. Em "Reinações de Narizinho" há apenas duas mortes: essa descrita acima e uma outra, quando ele morre afogado. Restava saber qual das duas foi usada no desenho. Parece mais viável que tenha sido esta do "infarte", pois na segunda morte ele só volta à vida no livro "Viagem ao Céu". Outro detalhe, quem opera o Visconde, no livro, é o Dr. Caramujo. No desenho, é a Tia Nastácia quem o conserta. Isso acontece porque em todas as outras vezes que o Visconde morre, é ela quem o conserta.
Essa frase é a mais importante aqui. Foi através dela que foi possível encontrar os fragmentos que deram origem ao episódio. A frase é usada no desenho duas vezes. Mas, no livro, Emília pede que o Visconde finja que é um pau falante. No desenho, ela pede uma série de tarefas para o sábio. Outro detalhe, no livro, ela mesma leva o Visconde até o lugar da tarefa. No desenho, ela apenas ordena o que ele deve fazer.
A parte da morte do Visconde já é aproveitada de outro fragmento muito distante da história que estava sendo contada. Aqui, no livro, o Visconde tem uma espécie de infarte de tanto ler álgebra. No desenho, ele morre de medo (ou devorado pela) da Vaca Mocha. Nos livros de Lobato, o Visconde morre constantemente. Em "Reinações de Narizinho" há apenas duas mortes: essa descrita acima e uma outra, quando ele morre afogado. Restava saber qual das duas foi usada no desenho. Parece mais viável que tenha sido esta do "infarte", pois na segunda morte ele só volta à vida no livro "Viagem ao Céu". Outro detalhe, quem opera o Visconde, no livro, é o Dr. Caramujo. No desenho, é a Tia Nastácia quem o conserta. Isso acontece porque em todas as outras vezes que o Visconde morre, é ela quem o conserta.
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fonte: canal do sítio.
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