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domingo, 28 de julho de 2013

Carinho de avó

Eu morava no mesmo prédio e no mesmo andar em que a minha avó morava! Era só atravessar o hall e já estava em sua casa. Ela cuidou de mim desde muito cedo. A minha mãe trabalhava o dia inteiro e eu ficava de manhã com ela, antes de ir à escola, e no final da tarde também!


Lembro-me muito de como ela segurava nas minhas mãos, apertando forte e dizendo que era um abraço de mão! Lembro-me das comidas gostosas que fazia para mim e de como ríamos durante as refeições com as coisas que conversávamos.


Lembro-me de que amava dormir na cama dela, ao ladinho dela, de mãos dadas a noite inteira, até o amanhecer! Ela se levantava antes para esquentar o meu leite e preparar o meu pão. Chamava-me na cama com delicadeza e todo o carinho do mundo!


Ela sempre sentia frio e calor antes que eu pudesse sentir, pedindo-me para me agasalhar ou me refrescar. Durante as minhas brincadeiras em meu quarto, percebia que me olhava na porta, bem quietinha, mas admirando aquele neto a brincar.


Eu cresci, ela curtia as minhas namoradas, os meus amigos. Mudei-me para outro prédio, não nos víamos com frequência, mas sempre me ligava, querendo saber como estava.


Então, foi ela que começou a precisar de ajuda. Precisar que alguém estivesse sempre ao seu lado. Sua vida foi tão cheia de coisas, tão cheia de memórias, que não conseguia mais encontrar palavras para dizê-las.


Eu sou um cara muito feliz por ter tido uma avó tão especial quanto ela! Posso dizer que aproveitei aquela mulher, a minha avó, até o último instante. A última vez que a vi, mostrei-lhe a aliança de casamento, dois dias antes de pedir a minha esposa em casamento. Ela me olhou e sorriu, dando-me um abraço de mão como quando eu era um menino. Não precisava dizer mais nada!


Essa é a minha história com a minha avó Yolanda! E essa foi uma homenagem a ela para hoje, dia 26 de julho, dia das avós!


Quero desejar um feliz dia das avós para todas as avós de vocês!


Um beijo,
Marcelo

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