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sábado, 28 de abril de 2012

O Brincar de cada dia




A história era assim: chegava da escola, almoçava, escovava os dentes e ia para o meu quarto. Todas as tardes, a tarde inteira. Eu amava brincar com playmobil, conhecem? Eram bonequinhos que tinham diversos outros objetos, como carros, casas, castelos, cavalos, motos… mas do que realmente gostava era montar coisas para eles.


A brincadeira era uma curtição desde a hora da montagem da história, do cenário.Arrancava fora o cabelo de plástico do boneco, colocava algodão, pintava com lápis preto o algodão para dar um ar de mais jovem, recortava e costurava pequenos retalhos de pano para fazer as roupas de cada boneco/personagem, colava uma caixa de sapato em outra de leite para fazer casas, mansões, colava barbantes no teto para fazer cordas e pendurar meus bonecos, apagava as luzes e deixava somente a lanterna acesa para dar um clima à história, colocava música… e, quando via, horas e horas já tinham se passado.


Brincar faz bem para a cabeça de qualquer pessoa, principalmente das crianças. Eu me lembro de brincar desse jeito até fazer 12 anos. Ao brincar, experimentamos viver, de brincadeira, situações e emoções que podem ser difíceis de lidarmos fora dela. Mas a nossa imaginação, a nossa capacidade de sonhar, de contar histórias, de praticar diferentes culturas e por aí vai, também são desenvolvidas na brincadeira.


Tenho muita saudade dessa época. Eu nunca fui daqueles que queria virar adulto! Talvez, por isso, tenha escolhido trabalhar com crianças.


E vocês, do que costumam brincar?


Até o dia 9 de maio,
Marcelo


Marcelo Cunha Bueno é consultor do Mundo do Sítio, desde o começo do site. Acompanhou a criação da Terra Encantada da Sabedoria, Biblioteca do Visconde e o jogo Brincaderia. Além disso, é dono da escola Estilo de Aprender, em São Paulo, e colunista da Revista Crescer.

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